É assim no Relicário de Maria...
Na varandinha
A poesia se debruça
Pra alcançar o adeus do sol
E ao mesmo tempo
Receber a noite num sorriso de flor.
A lua surge e o céu se abre em carinho...
E o vento que afaga corações solitários, corações solidários
Ameniza dores, alimenta a fé e desperta o amor.
Na paisagem, o rio...
O pescador e o peixe fisgado na isca do anzol.
É assim no Relicário de Maria...
Tem bonecas e sapatinhos,
Infância...
Tem livros e penduricalhos,
Que nos levam à outros caminhos.
Tem silêncio e fantasia,
Tem música e
Tudo é festa.
Quando chove, ninguém foge
Tem aconchego, chamego, xodó e denguinho
Tem paquera e bilhetinho.
No Relicário de Maria
Tem amigos
Novos e antigos
Tem papo sério,
Tem papo solto, descontraído.
No Relicário de Maria
Tem roda de viola
Tem disco na vitrola, ainda que na casa do vizinho...
Tem também encontro e reencontro
E quando isso acontece
Dá vontade de parar no tempo.
E Quando o tempo pára,
A gente sabe que a gente tem o que merece.
Que bom que existe o Relicário de Maria...
Andréa Imbiriba.
Santarém, 15 de março de 2007.
Madrugada e temporal.
Pra você, meu eterno carinho.